A Cibra, empresa de fertilizantes, com sede em Camaçari (BA), pretende investir, até o final de 2026, R$ 1,5 bilhão nas suas fábricas, com a meta de dobrar o processamento de matérias-primas de 2,2 milhões para 5 milhões de toneladas anuais.
Esses investimentos se darão com a adoção de tecnologia e automação, de práticas de recuperação de água de chuva, instalação de energia solar e iluminação indireta são algumas das ações para aumentar o volume de produção de adubo, sem ter que custos com mais mão de obra. A companhia tem 13 unidades espalhadas por oito Estados brasileiros.
“Os projetos são mirados a partir de eficiência operacional”, destaca Pessan. O momento para as indústrias de fertilizantes é delicado, ele admite, mas o investimento em gestão tem sido a saída desse ramo. Ele acrescenta que a presença em cidades do interior tem ajudado a empresa a melhorar a reputação entre os agricultores de diferentes portes”, afirma o head de ESG, Osvaldo Pessan
A Cibra tem mercado sólido na região do Matopiba, mas quer ampliar a participação de mercado no Centro-Sul, como aconteceu nos Estados de Minas Gerais e, mais recentemente, instalação de maior capacidade industrial em Mato Grosso.
Nos últimos quatro anos, a Cibra está dando um gás nos negócios, investindo para ganhar escala no Brasil e atingir uma comercialização de adubo de mais de 4 milhões de toneladas até o fim do ano. Em 2024, a produção ficou em 3 milhões de toneladas.
Fundada em 1994 como Cibrafértil, passou a se chamar Cibra em 2017 e desde 2021 está acelerando a gestão para se posicionar como uma empresa que fabrica adubo a partir das necessidades dos produtores no Brasil.
Entre 2012 e 2022, a Cibra multiplicou seu faturamento por 10, saltando de R$ 70 milhões para cerca de R$ 8 bilhões, com crescimento médio anual de 23%.
O Brasil depende de aproximadamente 85% a 86% de fertilizantes importados, sendo fósforo e potássio os principais itens importados, segundo a Associação Nacional de Difusão de Adubos (Anda). (GR)